quarta-feira, 13 de junho de 2007

Getúlio Dornelles Vargas nasceu no município gaúcho de São Borja, a 19 de abril de 1882 e foi batizado a 29 do mês seguinte. Era filho de Manuel do Nascimento Vargas e de Cândida Dornelles Vargas. Faleceu a 24 de agosto de 1954 na cidade do Rio de Janeiro. Eleito acadêmico em 7 de agosto de 1941 e empossado em 29 de dezembro de 1943.

Os primeiros estudos do futuro Presidente da República foram feitos em sua terra natal mas, em 1897. Já concluído o curso primário, juntou-se, na capital de Minas Gerais, ainda a cidade de Ouro Preto, aos irmãos Viriato e Protásio, que aí residiam.

Um conflito entre estudantes determinou o regresso dos irmãos Vargas ao Rio Grande do Sul. Decidido a abraçar a carreira das armas, Getúlio sentou praça no 6º Batalhão de Infantaria, aquartelado em São Borja. Mais tarde matriculou-se na Escola Preparatória e de Tática, sediada na histórica cidade de Rio Pardo, de onde saiu para fazer parte do 25º Batalhão de Infantaria, na capital do Estado.

Em 1903, quando freqüentava como ouvinte a Faculdade de Direito de Porto Alegre, o batalhão em que servia foi designado para transferir-se para a cidade de Corumbá, em Mato Grosso, a fim de guarnecer a fronteira com a Bolívia. Terminada a missão o referido batalhão regressou a Porto Alegre e Getúlio, que atingira o posto de sargento, desistiu da carreira militar.

De 1903 a 1907, matriculado na Faculdade de Direito, coube-lhe a incumbência de proferir a saudação, em nome dos colegas, ao candidato à presidência da República Dr. Afonso Pena, que, em 1906, visitou o grande Estado sulino. No seu discurso notava-se a influência estilística de Euclides da Cunha. No ato de formatura, no ano seguinte, foi o orador da turma.

De 1909 a 1913 cumpriu o mandato de deputado estadual, cargo que voltaria a exercer de 1917 a 1923. Neste último ano, eleito deputado federal, exerceu as funções de líder da bancada gaúcha. Conservou-se na Câmara dos Deputados até novembro de 1926 quando, atendendo a convite do Presidente Washington Luís Pereira de Sousa, foi nomeado Ministro da Fazenda, cargo que deixou um ano depois para candidatar-se ao governo do Rio Grande do Sul. Facilmente eleito, tomou posse a 25 de janeiro de 1928. Em 1929 era escolhido pelos dirigentes da Aliança Liberal para disputar contra Júlio Prestes - presidente de São Paulo - a presidência da República.

Inconformados com os resultados do pleito eleitoral, realizado a 1º de março de 1930, os aliancistas começaram a conspirar no sentido de promover a deposição de Washington Luís, fato que ocorreu a 24 de outubro de 1930 do referido ano. Instituiu-se uma Junta Governativa que, a 3 do mês seguinte, entregou a Getúlio Vargas a chefia do Governo Provisório, que se estenderia até a promulgação da nova Constituição da República, em 16 de julho de 1934.

Em 10 de novembro de 1937 foi dissolvido o Congresso Nacional e tem início o período intitulado Estado Novo, com a outorga de uma Carta Constitucional que vigoraria até a deposição de Getúlio Vargas, em 29 de outubro de 1945.

Em 1941 um grupo de acadêmicos patrocinou a admissão de Getúlio Vargas na Academia Brasileira de Letras. A eleição foi tranqüila mas o eleito só tomou posse, recebido pelo ministro Ataulfo de Paiva, em 29 de dezembro de 1943.

A obra literária do presidente compreendia apenas alguns discursos de natureza política em sua maior parte, que vieram a ser reunidos, muitos sem autoria definida, em "A Nova Política do Brasil".

No seu discurso de posse na Academia Brasileira, Getúlio Vargas confessou honestamente suas limitações no campo de literatura:

"A atividade intelectual é para mim uma imposição da vida política, que exige de quem a ela se consagra a obrigação de comunicar-se com o público com precisão e clareza, explicando idéias e problemas de governo, esforçando-se para fazer-se ouvir e compreender.

Não sou e nunca pretendi ser um escritor de ofício, um cultor das belas-letras, embora me tenha habituado desde moço à amável convivência de poetas e romancistas, como leitor e admirador comovido de suas obras".

Eleito presidente da República em 3 de outubro de 1950, voltou Getúlio Vargas a governar o país até o dia 24 de agosto de 1954, quando, diante da forte crise política reinante em todo o país, o presidente suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro de revólver no coração. Sua vaga na Academia Brasileira de Letras viria a ser ocupada pelo jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

3 comentários:

Bia, Paloma, Thaidymilla e Harrissa disse...

O texto está bom, contando todas as fases do mandato do Presidente, como ele iniciou sua carreita e também contando como terminou..
As fotos também estão bem legais.
Só acho que está faltando explicar um pouco mais sobre seu suicídio..

Getúlio Dornelles Vargas disse...

ta muito fala muito bem de Getúlio Dornelles Vargas.
ta ótimo

Cyber Games disse...

Gostei da parte que fala de getúlio vargas na escola e onde ele nasceu.