quinta-feira, 21 de junho de 2007

A carta testamento do Presidente Getúlio Vargas

A Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas!

"Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.

Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.

Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.

Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.

E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)

Trabalhadores do Brasiiiiil ! ! !

quarta-feira, 20 de junho de 2007

O governo provisório(1930-1934)

Assim que Getúlio chegou á presidência,a Constituição
da República Velha (1891) foi rasgada. Agora,o que valia
eram os ordens dele. O Congresso Nacional estava fechado.
Os governadoresforam destituídos. No lugar deles ,Vargas
nomeava interventores. Alguns tenentes que apoiaram
Getúlio ganharam cargos de interventores estaduais.
Como não havia Congresso,as leis eram feitas diretamente
pelo presidente,que assinava os decretos. Um dos primeiros
decretos estabelecia que só seriam permitidos os sindicatos
leais ao governo.
Leis decretadas,interventores estaduais,Congresso fechado...
como você percebe,o novo governo não era nada democrático.
Em São Paulo,políticos e intelectuais com idéias liberais sentiram-se
traídos.

A ditadura do Estado Novo (1937-1945)

A Constituição de 1937 passava a valer.
Foi copiada da Constituição da Polônia facista. Daí o apelido de Polaca. Bastante autoritária: O poder Executivo ficou superpoderoso e os estados perderam toda a autonomia diante do poder central (Rio de Janeiro).
Durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945) não havia partidos políticos e nem Congresso Nacional. Em eleições, claro, nem se falava. Os estados eram governados por interventores nomeados diretamente por Getúlio. A imprensa estava totalmente censurada, ninguém podia criticar o governo.

Thaís Gonçalvez.

O golpe de 37 e Estado Novo

Getúlio Vargas ainda parecia respeitar a Constituição, que previa a eleição direta de um novo presidente em seu lugar. De repente, em 1937, o governo anunciou a descoberta "Um terrivel complôr comunista para tomar o poder": O plano Cohen. Na verdade, um plano forjado pelo integralistas com pleno conhecimento de Getúlio. Mero pretexto para o golpe antidemocrático.

Eduarda dos Santos

O Período liberal (1934-1937)

Vitorioso, o governo de Getúlio soube fazer concessões para os cafeicultores paulistas. Por exemplo, concedeu generosos emrestimos bancarios. Além disso, admitiu a eleição de uma Assembléia constituinte. Assim, em 1934 o Brasil ganhou uma nova Carta.
A Constituição de 1934 era razoavelmente democratica. Estabelecia equilibrio dos tres poderosos ( executivo, legislativo e judiciario ), eleições diretas e secretas para presidente ( na República Velha o voto não era secreto, daí as oportuniodades para os coroneis controlarem os votos ) e voto feminino (outra novidade importante). Foram criadas tribunais eleitorais para evitar as fraudes.

O governo provisorio(1930-1934)

Assim que Getúlio chegou á presidencia,a contituicao da República Velha(1891) foi rasgada. Agora, o que valia eram os ordens dele. O Congresso Nacional estava fechado. Os gorvenadores foram destituidos. No lugar deles, Vargas nomeava interventores. Alguns tenentes que apoiaram Getulio ganharam cargos de interventores estaduais. Como nao havia congresso, as leis eram feitas diretamente pelo presidente, que assinava os decretos estabeleciaque so seriam permitidos os sindicatos legais ao governo.

UMA REVOLUCAO

A maioria dos historiadores chama de volucao a uma grande transformacao na estrutura economica ou na organizacao do Estado.A revolucao faz com que o poder politico seja transferido de um grupo social para outro.Por exemplo,a Revolucao Francesa de 1789 destruiu a estrutura economica de base ferdal e abril o caminho para o desenvolvimento do capitalismo.Além disso ,o estado absolutista foi destruído e o poder foi transferido da aristocracia para a burguesia.


Daiane Ferreira.

Os efeitos da crise de 29

O presidente da republica,Wasghinton LUIS,era homem do Partido
Republicano Paulista,o prp,a forca que organizava politicamente a
oligarquia de Sao Paulo.Quando chegou perto das eleicoes,ele se nega a apoiar um candidato mineiro.Iniciou o nome de Júlio Prestes que aliás nada tinha a ver com a Coluna Preste.
Getúlio Vargas era filho de general e fazendeiro do Rio Grande do sul.Foi militar,advogado e áté mesmo ministro de Wasghinton Luis.Portanto,um homem ligado ás oligarquias.
A candidatura de Getúlio Vargas era apoida pela Alianca Liberal,uma uniao politica das oligarquias mineira, gaúcha e paraíbana(o candidato a vice-pre3sidente,joao Pessoa,era da Paraíba),Somada ao Partido Democrático de Sao Paulo.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Getúlio Dornelles Vargas nasceu no município gaúcho de São Borja, a 19 de abril de 1882 e foi batizado a 29 do mês seguinte. Era filho de Manuel do Nascimento Vargas e de Cândida Dornelles Vargas. Faleceu a 24 de agosto de 1954 na cidade do Rio de Janeiro. Eleito acadêmico em 7 de agosto de 1941 e empossado em 29 de dezembro de 1943.

Os primeiros estudos do futuro Presidente da República foram feitos em sua terra natal mas, em 1897. Já concluído o curso primário, juntou-se, na capital de Minas Gerais, ainda a cidade de Ouro Preto, aos irmãos Viriato e Protásio, que aí residiam.

Um conflito entre estudantes determinou o regresso dos irmãos Vargas ao Rio Grande do Sul. Decidido a abraçar a carreira das armas, Getúlio sentou praça no 6º Batalhão de Infantaria, aquartelado em São Borja. Mais tarde matriculou-se na Escola Preparatória e de Tática, sediada na histórica cidade de Rio Pardo, de onde saiu para fazer parte do 25º Batalhão de Infantaria, na capital do Estado.

Em 1903, quando freqüentava como ouvinte a Faculdade de Direito de Porto Alegre, o batalhão em que servia foi designado para transferir-se para a cidade de Corumbá, em Mato Grosso, a fim de guarnecer a fronteira com a Bolívia. Terminada a missão o referido batalhão regressou a Porto Alegre e Getúlio, que atingira o posto de sargento, desistiu da carreira militar.

De 1903 a 1907, matriculado na Faculdade de Direito, coube-lhe a incumbência de proferir a saudação, em nome dos colegas, ao candidato à presidência da República Dr. Afonso Pena, que, em 1906, visitou o grande Estado sulino. No seu discurso notava-se a influência estilística de Euclides da Cunha. No ato de formatura, no ano seguinte, foi o orador da turma.

De 1909 a 1913 cumpriu o mandato de deputado estadual, cargo que voltaria a exercer de 1917 a 1923. Neste último ano, eleito deputado federal, exerceu as funções de líder da bancada gaúcha. Conservou-se na Câmara dos Deputados até novembro de 1926 quando, atendendo a convite do Presidente Washington Luís Pereira de Sousa, foi nomeado Ministro da Fazenda, cargo que deixou um ano depois para candidatar-se ao governo do Rio Grande do Sul. Facilmente eleito, tomou posse a 25 de janeiro de 1928. Em 1929 era escolhido pelos dirigentes da Aliança Liberal para disputar contra Júlio Prestes - presidente de São Paulo - a presidência da República.

Inconformados com os resultados do pleito eleitoral, realizado a 1º de março de 1930, os aliancistas começaram a conspirar no sentido de promover a deposição de Washington Luís, fato que ocorreu a 24 de outubro de 1930 do referido ano. Instituiu-se uma Junta Governativa que, a 3 do mês seguinte, entregou a Getúlio Vargas a chefia do Governo Provisório, que se estenderia até a promulgação da nova Constituição da República, em 16 de julho de 1934.

Em 10 de novembro de 1937 foi dissolvido o Congresso Nacional e tem início o período intitulado Estado Novo, com a outorga de uma Carta Constitucional que vigoraria até a deposição de Getúlio Vargas, em 29 de outubro de 1945.

Em 1941 um grupo de acadêmicos patrocinou a admissão de Getúlio Vargas na Academia Brasileira de Letras. A eleição foi tranqüila mas o eleito só tomou posse, recebido pelo ministro Ataulfo de Paiva, em 29 de dezembro de 1943.

A obra literária do presidente compreendia apenas alguns discursos de natureza política em sua maior parte, que vieram a ser reunidos, muitos sem autoria definida, em "A Nova Política do Brasil".

No seu discurso de posse na Academia Brasileira, Getúlio Vargas confessou honestamente suas limitações no campo de literatura:

"A atividade intelectual é para mim uma imposição da vida política, que exige de quem a ela se consagra a obrigação de comunicar-se com o público com precisão e clareza, explicando idéias e problemas de governo, esforçando-se para fazer-se ouvir e compreender.

Não sou e nunca pretendi ser um escritor de ofício, um cultor das belas-letras, embora me tenha habituado desde moço à amável convivência de poetas e romancistas, como leitor e admirador comovido de suas obras".

Eleito presidente da República em 3 de outubro de 1950, voltou Getúlio Vargas a governar o país até o dia 24 de agosto de 1954, quando, diante da forte crise política reinante em todo o país, o presidente suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro de revólver no coração. Sua vaga na Academia Brasileira de Letras viria a ser ocupada pelo jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.